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Lula não tem relação com soltura de Poze do Rodo

11.jun.2025 - Vídeo enganoso apresenta um alegações inconsistentes sobre soltura de Poze do Rodo - Arte/UOL sobre Reprodução Facebook
11.jun.2025 - Vídeo enganoso apresenta um alegações inconsistentes sobre soltura de Poze do Rodo Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução Facebook
do UOL

Do UOL, no Rio

11/06/2025 20h33

Não é verdade que a soltura do cantor Poze do Rodo tenha tido alguma relação com qualquer articulação do presidente Lula junto ao STF.

Poze do Rodo foi solto após um habeas corpus concedido por um desembargador da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Além disso, vídeo usado para disseminar a alegação enganosa possui uma série de informações inconsistentes.

O que diz o post

Um vídeo que circula em redes sociais afirma que Lula teria sido responsável pela soltura do cantor Mc Poze do Rodo, que ele teria feito uma "ligação" e conversado com ministros do STF para articular a libertação do cantor, que havia sido preso por suspeita de envolvimento com uma facção.

Por que é falso

Vídeo enganoso tem diversas inconsistências. O narrador afirma que a soltura do cantor teria acontecido "após semanas de pressão nas redes sociais", Poze do Rodo, porém, ficou preso durante quatro dias até ter o habeas corpus concedido no dia 2 de junho. Ele saiu da prisão no dia seguinte. O post diz ainda que o cantor teria agradecido ao presidente Lula ao ser solto, o que não é verdade, como mostram gravações do momento em que ele deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó.

Cabeleireira do 8 de janeiro não está em prisão. Além disso, ao tentar estabelecer uma comparação entre a soltura do cantor e de "inocentes que estão na prisão por pichar uma estátua" exibindo a foto da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que participou dos ataques do 8 de Janeiro em Brasília, a informação está incorreta, já que ela cumpre prisão domiciliar desde março. Débora também não foi presa somente pela pichação da estátua. Ela foi condenada por cinco crimes.

Poze do Rodo acusa de apologia ao crime e envolvimento com o Comando Vermelho. Inicialmente, o cantor teve a prisão temporária mantida em audiência de custódia. O habeas corpus foi concedido posteriormente por decisão do desembargador Peterson Barroso, da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá.

Para desembargador, cantor foi tratado de forma desproposital. Barroso pontuou que "há indícios que comprometem o procedimento regular da polícia". Na decisão, ele destacou que o funkeiro foi algemado e tratado "de forma desproposital, com ampla exposição midiática, fato a ser apurado posteriormente". Segundo o magistrado, a prisão de 30 dias seria excessiva para o prosseguimento das investigações, já que até aquele momento não havia comprovação de que Poze do Rodo estivesse com armas, drogas ou algo ilícito.

Conteúdo similar também foi verificado por Aos Fatos.

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